
Depois do descanso merecido, chegou a hora de colocar a mente pra funcionar novamente. Hoje foi só o primeiro dia do ano dentro da Ufes e já deu aquela vontadezinha de novo de recomeçar a desenvolver os pensamentos, idéias, textos, conversas loucas mas fascinantes...
Final de semana passado tive a oportunidade de escutar uma história incrível e como acho que poucos jornais no mundo se interessariam em publicar algo do tipo, eu o faço no meu humilde blog.
Eu estava almoçando com uma pessoa que conheci há pouco tempo, mas que já me parece ser alguém muito especial. Ela morou alguns anos na Uganda (África) e um ano no Kênia. E como não dava pra faltar a minha dose de curiosidade comecei a interrogá-la...Eu imaginava que a experiência tivesse sido fantástica...mas não imaginava tanto!
Uma das coisas que ela me relatou...
Um dia, na Uganda, ela estava passando na rua e viu umas doze crianças bem pobrezinhas, algumas até com uniforme escolar...Mas todas fora da escola no horário em que todas deveriam estar dentro. Descobriu que estavam nas ruas porque não tinham dinheiro pra pagar os estudos (porque lá, escola pública não é sinônimo de escola de graça). E depois de pegar uma certa confiança com os pequenos, sentou embaixo da sombra de uma mangueira e começou a ensinar um pouco de inglês e matemática bem básicos pra eles.
O grupo de crianças foi aumentando a medida que se passavam os dias, pois elas próprias traziam os irmãos, primos, vizinhos...Algumas jovens começaram a ajudar para que o trabalho tivesse continuidade.
Certo dia, dois holandeses batem à porta de sua casa, oferecendo verba para algum trabalho social (ouviram na vizinhança que ela era uma pessoa de bem). Impuseram a condição de dar a verba aos pouquinhos e só se houvesse um projeto muito bem feito.
Ela propôs a construção de uma escola para as crianças da mangueira.
E após algum tempo, com os primeiros 5 mil dólares enviados pelos europeus construiu as primeiras 5 salas de aula.
Ela cadastrou todas as crianças em um projeto social do movimento dos Focolares que incentiva e promove adoções à distância. Uma família de boas condições finaceiras, geralmente européia, adota a distância uma criança carente em qualquer lugar do mundo e manda uma ajuda em dinheiro com certa periodicidade para o adotado. Com esse dinheiro, ela conseguiu contratar todos os professores e pagar cursos para eles, fazer uniformes e terminar a construção.
Hoje a escola atende 200 crianças, é registrada como escola particular, mas nenhuma das crianças paga um centavo. Todas sustentadas pela adoção á distância. Quer o mais interessante? Todos os pequenos tem que ser aqueles "últimos", ou seja, órfãos de pai e mãe (quase sempre mortos pelo HIV), sem condições finaceiras nenhuma e que estão sendo criados por vizinhos ou parentes.
Essa minha amiga voltou para o Brasil, mas deixou lá idéias para que a escola consiga chegar até aos cursos profissionalizantes. Dessa forma, uma criança poderia entrar no jardim de infância e sair com uma profissão!
Pois é... E ainda tem gente que diz que o mundo está perdido. Acorda beaxuuuuu! Tá perdido se você ficar parado aí!
"...o que me realiza humanamente é poder de alguma forma fazer diferença na vida das pessoas que me cercam...escolhi a comunicação social pois acredito ser um meio eficiente na transformação da sociedade devido à sua grande influência na vida das pessoas..." (eu, hoje, na aula de filosofia...hehhhe)
Se você chegou até aqui, sinta-se abraçado(a)! Obrigada pela atenção.
bjuussss
ci vediamo
*foto com a Rets! saudades branquelinha...
3 comentários:
Cunhadinha:
Como diria o grande escritor e filósofo Albert Camus, "a verdadeira generosidade para com o futuro consiste em dar tudo ao presente". Por mais solitária que pareça uma iniciativa, ela é sempre melhor do que o nada. Não brota nada do nada. De um esforço entusiasmado, por outro lado, no mínimo nasce o aprendizado. No caso mostrado, nasceu muito mais! Camus novamente: "Não espere o juízo final. Ele realiza-se todos os dias". No final, o que fazemos (e o que deixamos de fazer) pode não nos garantir nenhuma regalia, mas mostra quem de fato somos.
Beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeijos!
Maninhaaaaaaa!!!
Eu já disse que vc é meu orgulho jornalístico?
:o)
Saudade de bater papo com vc viu?
E cantar? Agora só pessoalmente né?
Mas que vc faz falta... faz viu!
Bjo no coração e xêro no ôi...
TJM!!
1 sempre!
TVB!!!!!!
:o)
Porque fazer algo assim? Tão pequeno diante de um mundo megagalático...
Tão grande para estas crianças...
Pois é... o futuro-presente nos faz sentir na aldeia global... e chega a nos fazer sentir impotentes diantes dos seus problemas...
Mas a verdade é que o meu bairro é onde está a minha vida, é o meu universo... este que tenho para mudar... foi confiado a mim este pedaço de "infinito".... e cabe a mim trabalhar se quiser melhorá-lo... não é mesmo!?
Postar um comentário