quinta-feira, 18 de outubro de 2007

parado

pessoas,

o blogue está parado porque estou tendo que manter outro blogue pra disciplina de jornalismo online... o outro é sobre juventude..

perfiljovem.wordpress.com

abraços

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Unwritten


Unwriten
(Natasha Bedingfield)

I am unwriten, can't read my mind, I'm undefined
I'm just beginning, the pen's in my hand, ending
unplanned

Staring at the blank page before you
Open up the dirty window
Let the sun illuminate the words that you could not
find

Reaching for something in the distance
So close you can almost taste it
Release your inhibition
Feel the rain on your skin
No one else can feel it for you
Only you can let it in
No one else, no one else
Can speak the words on your lips
Drench yourself in words unspoken
Live your life with arms wide open
Today is when your book begins
The rest is still unwriten

Oh, oh

I break tradition, sometimes my tries, are outside the
lines
We've been conditioned to not make mistakes, but I
can't live that way

Staring at the blank page before you
Open up the dirty window
Let the sun illuminate the words that you could not
find

Reaching for something in the distance
So close you can almost taste it
Release your inner visions
Feel the rain on your skin
No one else can feel it for you
Only you can let it in
No one else, no one else
Can speak the words on your lips
Drench yourself in words unspoken
Live your life with arms wide open
Today is when your book begins

Feel the rain on your skin
No one else can feel it for you
Only you can let it in
No one else, no one else
Can speak the words on your lips
Drench yourself in words unspoken
Live your life with arms wide open
Today is when your book begins
The rest is still unwriten

Staring at the blank page before you
Open up the dirty window
Let the sun illuminate the words that you could not
find

Reaching for something in the distance
So close you can almost taste it
Release your inner visions
Feel the rain on your skin
No one else can feel it for you
Only you can let it in
No one else, no one else
Can speak the words on your lips
Drench yourself in words unspoken
Live your life with arms wide open
Today is when your book begins

Feel the rain on your skin
No one else can feel it for you
Only you can let it in
No one else, no one else
Can speak the words on your lips
Drench yourself in words unspoken
Live your life with arms wide open
Today is when your book begins
The rest is still unwriten
The rest is still unwriten
The rest is still unwriten

Oh, yeah, yeah


P.S: linda a música né? Pra comemorar a cumplicidade de uma amizade maravilhosa
e o início da matéria de Jornalismo Online...Mais um blog na minha vida...
Escreve fia, escreve... ;)

domingo, 15 de julho de 2007

"What's an american?"





"What's an american?" é o título do último post do blog de uma amiga norte- americana. Eu que não entendo muito de inglês, peguei um dicionário e me esforcei horrores pra tentar entender o que essa criatura estava tentando dizer.

Não vou me prender ao texto dela (quem quiser dar uma olhada clica aqui Pazza Ragazza) .
Mas acho que está mesmo na hora de colocar em pauta essa discussão.

Ontem, assisti a transmissão da ginástica artística feminina nos jogos Pan-americanos. A disputa final ficou entre Brasil e Estados Unidos. A torcida de 12 mil pessoas presente no maracanãzinho vibrava com as meninas brasileiras, davam a maior força, aplaudiam de pé, etc... Mas bastava as norte-americanas subirem na arena ou nos aparelhos que a vaia vinha forte de todos os lados. E todo mundo entendeu muito bem que não era porque elas estavam ganhando, mas porque representavam os EUA!

Depois de desligar a TV, fiquei aqui navegando um pouco na internet e foi quando abri o blog dessa minha amiga aí de cima. Tudo bem que ela é mesmo uma pessoa especial, mas achei interessante o que ela escreveu. Dentre algumas coisas ela elogiava o povo brasileiro (sim, esse mesmo que vaiou as suas atletas..), dizia do constrangimento de se apresentar diante de um público como "americana" já que todos nós somos americanos e tentava se justificar e fazer com que nós entendessemos que quando se dizia americana não queria dizer que nós também não éramos, mas que era como um hábito do seu povo dizer assim...

In english, there is no other way to put it though. We say we're "American" because there's not a word for anyone who is from the USA, EUA or whatever. When you're from Italy, you are Italian. Or if you're from Mexico, you're Mexican. In other languages, someone from the USA could say, "Stati Unidense" or something of that nature. But there is no "United States-icans" and America is in our country's name - "united states of america." --- rather than introduce myself as being "American" ... I think i'll just stick with , "Hola, soy de Nueva York" and let them decide what in the heck I am!!!! (Elisa Fontana)


Não foram poucas às vezes em que comentei durante papos sobre os EUA que a nossa educação dava de mil a zero na deles porque tínhamos um conhecimento geral. Sabe aquela hitória de que temos noção de que existem belas cidades na África, mas que os norte-americanos pensam que ao desembarcar no Brasil vão dar de cara com uma cobra, chimpanzé, ou algo do tipo? Pois é...

Mas hoje eu parei pra pensar...Meu Deus, o que é que eu sei.... assim de cabeça.... do nosso continente? Os Estados Unidos só sabem fazer guerra? A Bolívia e a Colômbia só sabem plantar maconha? Venezuela e suas guerrilhas? Argentina e sua crise econômica? Canadá frio e suicídios?

Há alguns anos atrás somente essas coisas viriam à minha cabeça. E mais...com certeza eu diria que jamais trocaria uma viagem pra qualquer outro lugar do mundo pra conhecer os EUA! Eu preferia conhecer a Sibéria aos EUA.

Mas felizmente meus conceitos começaram a mudar... Somos todos americanos. Temos muitas coisas em comum. Cada povo tem uma riqueza extraordinária. Existem pessoas muito, muito, muito boas em cada um desses países. E cada um desses países também têm seus podres na história. E história é história, passou, marcou, influenciou, mas ninguém pode apagar.

O que a gente pode começar a fazer é mudar nossos conceitos pra mudar nosso futuro. Eu comecei a mudar os meus depois que tive a grande chance de conviver por dois meses com 5 norte-americanas, uma delas, Elisa. E como elas acrescentaram coisas boas na minha vida.
Certo dia, na mesa de jantar, conversávamos sobre desigualdade social nos nossos países. Éramos brasileiras, indianas, filipinas, tailandesas, africanas e.. norte-americanas, australianas e checas.
Emocionei-me ao ver as norte-americanas se comoverem com a pobreza dos outros países, dizerem que tinham conhecimento de toda a situação e se colocando a disposição para ajudar. No final daquela conversa eu disse a elas que muitas das travas na minha mente de preconceito haviam caído e que eu me sentia muito feliz por estar sentada numa mesma mesa com pessoas tão diferentes, mas me sentindo parte de uma única família.

Aconteceu comigo o que diz aquela frase "Quanto mais a gente conhece, mais a gente ama." Claro que a minha criticidade ainda permanece com relação a algumas coisas... Mas estou ansiosa para visitar Elisa, Sasha, Naomi, Sarah e Kris e conhecer os EUA. Quem diria...

A minha intenção, acredito que assim como a de Elisa, é tentar abrir os olhos da galera de que somos todos americanos. Assim como dependemos uns dos outros como pessoas, nossos países também dependem uns dos outros para sobreviverem.
Temos certeza que vamos ganhar muito mais nos abrindo para a Interdependência (Talvez seja essa a grande contribuição da globalização) do que continuando a ensinar aos nossos "pequenos" quem são os melhores e quem são os piores. Afinal, eles não existem.


O mundo caminha para a unidade.


(Masssss...que vença o Brasil nos jogos Pan-americanos!! kkkkkkkk)


sábado, 14 de julho de 2007

Sem o sofrimento não existe amor




"Há uma história que fala de uma mulher que foi ao Buda, algum tempo depois de seu grande despertar, com seu bebê morto em seus braços. O bebê havia sido mordido por uma cobra enquanto brincava. Ela foi ao Buda na esperança de encontrar um pouco de consolo e alívio para sua dor. O Buda disse que poderia ajudá-la, mas primeiro ela teria que lhe trazer uma semente de mostarda de uma casa que nunca tivesse conhecido o sofrimento. Ela foi de casa em casa, buscando tal semente mas, apesar de lhe oferecerem muitas, ela não conseguiu encontrar uma casa que não conhecera o sofrimento. Então, ela voltou ao Buda, que disse:

Minha irmã, tu encontraste, procurando pelo que ninguém encontra, este bálsamo amargo, que eu tinha a te oferecer. Aquele que tu amas dormia morto em teu colo, ontem; hoje, tu sabes que o mundo inteiro chora com a tua dor."

Os budistas acreditam que o sofrimento é um fato da vida, que ele não é dor nem castigo, mas que deve ser encarado na verdade. Ter conhecimento da dor, compreendê-la, seria a chave para a transcendência do sofrimento. E o que a mulher da história acima encontrou é a mais pura verdade: não existe uma casa neste mundo que não conheça o sofrimento.

Para os muçulmanos o sofrimento, o sacrifício, conduz a uma vida pura, capaz de abrir no homem uma compreensão interior. Isso também é verdade. Quem não já se sentiu mais próximo de Deus, da sua voz interior, da sua alma por meio do sofrimento? Independente de crença, quando se sofre, se purifica, se escuta mais, se busca mais o essencial.

Como cristã aprendi já há alguns anos que o sofrimento fez parte de um profundo mistério de Amor de um Deus que se fez homem e aceitou morrer pela nossa salvação pregado numa cruz, portanto, sofrendo. E que ainda mais, alcançou o ápice dessa dor sentindo-se como Deus, distante do próprio Pai ("Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?"). Algo um pouco incompreensível sem uma base espiritual mais sólida. Mas fascinante para quem entende esse como o momento no qual a unidade entre o Pai e os homens foi reconstituída.

Uma leitura espiritual essa semana me fez destacar em um pequeno texto uma frase muito significativa pra mim e que inclusive me levou a pesquisar sobre o valor do sofrimento nessas grandes religiões. Não tive a intenção de comparar os resultados, mas só queria ter a certeza e que realmente me identifico com o cristão, mesmo tendo lido coisas maravilhosas em textos de Gandhi ou de Buda.
A frase dizia que o "sofrimento é a matéria-prima da caridade". Parei por alguns instantes. Como assim? Sem a matéria-prima grafite, você não tem um lápis. Sem a matéria-prima látex, você não tem a borracha. Sem o petróleo, não existe combustível, sem areia não existe o vidro...

Sem o sofrimento não existe amor! Claro!

Como bem disse Buda, não existe uma só casa que não conheça o sofrimento.
E não existe uma só casa que não conheça o amor.
O sofrimento nos leva a ser mais compreensivos, mas solidários, mais maduros, mais conscientes. Nos conduz tantas vezes a um encontro profundo com Deus e se conseguimos ouvir bem a Sua voz, nos conduz também a não pensar somente em si, a não se fechar na própria dor, mas a procurar a doação, o bem comum, a caridade. Às vezes ele é muito cruel, eu sei, mas e se começarmos a acreditar que quanto mais cruel mais amor ele fará frutificar?

Penso nas mães que perdem seus filhos por causa da violência e criam ONGs ou grupos para ajudar outras mães. Penso em uma amiga que teve o filho internado em um hospital por quase um mês e a partir dali resolveu levar pão e leite para os acompanhantes todos os dias. Penso em tantos outros casos...

Sim, sofrer nos leva a amar. E mais interessante ainda é sofrer para amar.




segunda-feira, 9 de julho de 2007

9 de Julho




"O amor é paciente, o amor é prestativo;
não é invejoso, não se ostenta,
não se incha de orgulho.

Nada faz de incoveniente,
não procura seu próprio interesse,
não se irrita, não guarda rancor.


Não se alegra com a injustiça,
mas se regozija com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta."
(ICor 13, 4-7)

Obrigada por me fazer compreender que o amor supera os sentimentos humanos e é capaz de transformar nossas vidas, mudar nossos comportamentos pelo simples fato de querer bem a alguém (e a Alguém).
Descobri nesses anos que não há nada mais gratificante do que exercer esse amor proposto por São Paulo. É muito bom sentir-se capaz de amar sem interesse, amar na verdade, amar a ponto de esperar e suportar tudo, amar para se colocar a serviço e somente para ser amor!

Com certeza, hoje, essa palavrinha faz muito mais sentido na minha vida porque eu posso concretizá-la com você (e com Você)!

E que venha a eternidade.
Obrigada Papai do Céu...

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Reitoria desocupada



Hoje, as 9h os estudantes desocuparam a reitoria da Ufes mediante a assinatura de um termo de compromisso por parte do reitor.
Pelo que rolou, as reinvidicações eram passíveis de cumprimento...Nada muito abstrato e fora do alcance da reitoria.

para mais informações acessar matéria do jornal A Gazeta com pontos das reinvidincações.

Os servidores continuam em greve...esperemos que os professores não entrem nessa.

até a próxima...

sábado, 23 de junho de 2007

Parabéns Kika!




Pequena homenagem para minha pequena irmã!

Disse que ía desejar felicidades de todas as formas possíveis porque ela é muito especial...então aqui vai!

Kikinha, as palavras para este dia já estão espalhadas aí por outros meios!
Aqui é só pra dizer publicamente que você é muito especial e merece TUDO de bom!

Feliz 20!

Ballet Bolshoi

Domingo passado estive na apresentação gratuita do ballet Bolshoi no bairro Santo Antônio em Vitória.
Foi emocionante ver aquele palco iluminado, as bailarinas com vestidos impecáveis, aquela multidão atenta e ávida por arte...ou talvez somente por lazer gratuito. Não pude deixar de reparar, ao lançar o olhar à minha volta nos morros que nos circundavam. Casas ainda sem reboco, sem pintura, simples mesmo...E foi impossível não contemplar aquele momento como único talvez na história daquele bairro. Sem drama, mas foi bonito. Muitas daquelas pessoas ali, assim como eu, não tiveram condições de sentar em um teatro com ar condicionado e pagar cem reais para ver a apresentação, mas tenho certeza que se emocionaram com a "Chopiniana" tanto quanto quem teve condições.

Admito que no iníicio da apresentação tive um olhar meio crítico por causa de um vídeo sobre a Escola Bolshoi no Brasil. Soou muito como um projeto social, uma caridade da Russia com um país em desenvolvimento. No fundo, orgulho ferido por não ver no meu país a dita arte clássica (será que mais bonita que a popular?) tão desenvolvida e incentivada. Mas depois entendi que mesmo que fosse obra de caridade com as nossas crianças carentes que entravam na Escola, qual o problema? Não vivo falando bem de projetos positivos por aqui? Pois é...o trabalho da Escola é bacana e vale a pena conferir...

O espetáculo é maravilhoso... E pelo amor, não acreditava que alguém poderia voar até esse dia...fala sério...aqueles bailarinos pareciam penas!

bjinhuuusss

Fico devendo as fotos...

Ocupação da Ufes 2

A reitoria da Ufes cotinua ocupada...
As posições dentro da universidade continuam divididas...

Se por um lado rola uma gratidão à galera que deu a cara à tapa e foi lá reinvindicar os nossos direitos (e isso devemos reconhecer) por outro, ainda tem muita gente criticando a desorganização, a falta de preparo da equipe de comunicação (desculpe queridos amigos) e algumas atitudes dentro do prédio como pequenas depredações.

Mas a verdade é que realmente como está a situação dentro da universidade, não dá pra ficar. As reinvidincações são justas e devem ser ouvidas com respeito pela reitoria. Pra mim, a mais grave de todas elas é a falta de moradia estudantil. A UFES é a única universidade do ES e fica localizada em uma parte da capital de elevado poder aquisitivo e é quase impossível para os estudantes, principalmente aqueles que vêm do interior, arranjar grana para pagar alimentação, moradia e gastos com o curso. Muita gente nem presta vestibular (e sobram vagas em certos cursos) porque não têm como se manter na capital.

Bom, eu não nasci com o tino político muito aguçado. Não sou daquelas que tem coragem de invadir uma reitoria e mesmo se reprovo algumas atitudes das pessoas envolvidas (que acabam retirando credibilidade do movimento), não possO deixar de dizer que a luta é justa, ao meu ver.

Vamos esperar pra ver o que acontece...

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Publicando...

O CAJUN está caminhando?
Projeto une Prefeitura, comunidade e empresas em torno de um objetivo comum


Logo do lado de fora já é possível ouvir o grito das crianças e a música alta de festa junina que anima o ensaio da coreografia do lado de dentro. Estamos no bairro Sólon Borges, em Vitória, um dos doze a abrigar o projeto social para o qual nos dirigimos, o Caminhando Juntos (Cajun).
O projeto teve suas origens em 1995, com a intenção de disponibilizar, dentro dos próprios bairros, espaços físicos onde crianças e adolescentes em risco social pudessem desenvolver, no horário extra-escolar, atividades culturais e esportivas que as protegesse e resgatasse do apelo às drogas e das ruas.
O Cajun de Sólon Borges, por exemplo, atende hoje a 293 alunos nos períodos matutino e vespertino, e oferece oficinas de música, teatro, capoeira, circo, informática e aulas de educação física. Segundo Feliciano Monteiro, 60, coordenador desse Cajun, o projeto sobrevive com verbas da Prefeitura, principalmente para a manutenção do prédio, e com a importante ajuda das parcerias privadas e não-governamentais, que provêem os materiais necessários para as oficinas, desde tinta a instrumentos musicais. A grande maioria dos funcionários é paga pela Fundação Fé e Alegria. Somente os professores de Educação Física são contratados da Prefeitura.
Ludvig Schneider, 31, é professor de música, e há cinco meses trabalha na unidade de Sólon Borges. Para ele, o mais interessante de fazer parte de um Cajun é poder “atuar na minha área numa função social”.
A unidade de Sólon Borges conta com uma biblioteca, montada por doações, que disponibiliza livros didáticos e para-didáticos para as crianças. Também é oferecido atendimento psicológico e acompanhamento com assistentes sociais, às crianças e às famílias. Para participar, a única exigência é que a criança esteja freqüentando a escola.
O projeto tem reinserido socialmente muitas crianças e adolescentes. 112 deles já foram indicados para trabalho em sindicatos (como o Sindbares) e para a Infraero, e muitos outros participam de iniciativas como o Primeiro Emprego e o projeto Vale Música.
Mas nem tudo são flores. Às vezes, como nos conta o coordenador, é difícil conseguir professores voluntários, já que a maioria deles presta o serviço com a intenção de serem contratados futuramente. Para Feliciano, “Este é o melhor projeto da Prefeitura”, mas o que ela está fazendo não é substancial. “Temos seis professores, enquanto precisaríamos de 12. O problema é que a prefeitura não escuta muito a nossa parte”, afirma.
A receptividade da comunidade é excelente. Ao sairmos do Cajun, encontramos várias moradores da região que só tinham elogios ao projeto, e que inclusive tinham interesse que seus filhos participassem. Parceiros existem, prova mais do que suficiente de que o projeto funciona. Mas, como nos disse Feliciano, “Quando se mistura política com projeto social, a coisa começa a desandar”. Comunidade, prefeitura e instituições privadas unidas em favor de um interesse único. Que esse interesse continue sendo o mesmo por mais algum tempo, não se pode garantir. Mas a tentativa está aí, pra servir de exemplo.
por Cibele Lana e Nadia Baptista

domingo, 3 de junho de 2007

Ufes...

E os problemas na Ufes continuam...

Não é só na USP que a coisa tá feia.
A onda de greves chegou até Vitória e os servidores da Ufes resolveram aderir. Vários departamentos, núcleos, RU e pra nós o mais grave, a biblioteca, estão fechados.
Como se não bastasse dois dos nossos professores, por motivos diferentes, estão saindo dos seus departamentos e só Deus sabe quando teremos novos no lugar...é enrolação pra mais de metro.
O caos com o trânsito dentro da Universidade continua... As previsões para o término das obras na Fernando Ferrari são um enigma. Enquanto isso, ficamos dando voltas e voltas e voltas para nos deslocarmos...

E, é claro...os banheiros continuam sem papel higiênico!

Pelo menos os professores continuam dando aula...e algumas tem sido excelentes ultimamente.

Essa semana aconteceu um encontro da Rede Nacional de Observatórios de Imprensa. Só consegui participar de duas partes, mas foram bem interessantes. Importante saber que tem mídia de olho na mídia e provocando mudanças nas editorias por conta de fiscalização.
Minha pesquisa de iniciação ciêntífica será bem nessa área, então gostei de ouvir as experiências da galera de outros estados.

É isso...

A vontade de atualizar todos os dias continua...tá faltando disponibilidade mesmo!

bjuuuss

Parabéns Flavinha!! E não se esqueça que nossos presentes foram interesseiros! kkkkkk

sábado, 26 de maio de 2007

Colaborar



Dei uma sumidinha semana passada porque estava participando de um Seminário Internacional aqui em Vitória sobre "A constituição do comum: comunicação e cultura na cidade." Queria ter feito uma cobertura pelo blog, mas a correria não me permitiu. O porto de Vitória virou a minha casa durante cinco dias e os PFs do centro a minha mesa da cozinha.

Mas o seminário foi bacana. Algumas palestras eram de nível intelectual bem alto para a minha pessoa e nessas era fácil dispersar os pensamentos (que por sinal íam longe....). Calma, calma...consegui acompanhar a maioria das exposições e já deu pra perceber que estou levando uma carga cultural a mais nas costas dps dessa semana.

Pois e galera...emprego hoje não garante integração social, cidadania sim. Os mestres da área do "comum" destacaram bastante a importância do jornalismo cidadão, ou colaborativo, no qual há uma mobilização de muitos para a conscientização de tantos outros muitos. O conhecimento não é público nem privado, é comum. E não é só a grande mídia que detém o poder de crítica, mas cada um de nós, como bem disse Andrea Fumagalli (nosso amiguinho italiano que falou em francês). Por isso, é importante colaborar com as mídias alternativas!

E por isso tbm é tão importante a democratização da comunicação, para que haja participação e para que as idéias, compartilhadas, se multipliquem. Esse exemplo foi bacana demais no último dia. Um professor da Cásper Líbero, falando de softwares livres, código-aberto etc, disse assim:

quando você tem uma maça e o seu amigo outra e vocês compartilham essas maçãs, os dois continuam com uma maçã cada uma. Mas quando você tem uma idéia e o seu amigo outra, quando vocês compartilham essas idéias, cada um passa a ter duas idéias.

E é essa lógica de participação, de compartilhamento, que tem transformado o ambiente da internet em espaço para mídias alternativas tão excepcionais como o Overmundo, o Jamendo, o Videolog, o Intervozes, a Wikipedia, o ohmynews, os blogues e também iniciativas como o Creative Commons.
E isso tudo, inegavelmente tem ampliado o acesso à cultura. A internet é ainda um meio muito reservado às classes altas da sociedade, mas tem se popularizado em um espaço de tempo arrasadoramente menor do que qualquer outro meio e agrupa em uma mesma esfera democracia, produção e comunicação. Sem dúvidas, uma nova forma de exercer poder, mas um poder colaborativo na maioria das vezes, na medida em q rompe com o oligopólio da informação.

Eles defendem que a internet é o grande agente de cultura hoje, de reprodução e de transformação social. É...gostaria de escutar "o outro lado", mas por enquanto estou concordando...
Inclusão digital é igual a ampliação da cidadania?

"Colaborar hoje na rede é mais eficiente do que competir."

(tudo o que escrevi aí foi baseado nas idéias que escutei no seminário, oks galera? nada fala puramente minha...mas não quis ficar citando os cabeções lá...preguiça mesmo...mas no blog do evento vcs encontram tudinho... http://ocomum.wordpress.com

("mas nada é mais divertido do que fechar os olhos e deixar o mundo de lado...eu não quero acordar, eu quero dormir e sonhar...") Zueira...é só sono mesmo...


bjuuussssssss

sábado, 19 de maio de 2007

Muitos micos, um Ideal.



Hoje vivenciei uma experiência no mínimo...diferente. Com o grupo de jovens de um movimento do qual participo montamos uma peça de teatro em praça pública. A preparação já havia começado há muito tempo e as idéias não foram poucas. No fim, decidimos realizar oficinas de arte no meio da praça dos Namorados. Cada oficina seria responsável por uma parte do teatro. Um grupo ensaiou os textos, um outro fez o figurino, um outro a coreografia, alguns cuidaram da sonoplastia e ainda outros se viraram em mil e fizeram de tudo! Conseguimos envolver poucas pessoas, mas já ficamos satisfeitos por poder falar de fraternidade pra essas poucas. O importante é que a "sementinha foi plantada".

Tá...tudo muito lindo, mas vamos combinar que nós pagamos muito mico! kkkkk....mas foi um mico saudável e que valeu muito a pena! Porque na verdade esse "mico" significou o nosso "dar a cara a tapa" por um grande Ideal. E vamos combinar de novo....quem hoje em dia é sortudo em ter um grande Ideal? Quantos jovens você conhece que se "arriscam" publicamente a fim de expor aquilo em que acreditam, sem medo da não-reciprocidade ou da acolhida?
Pois eh...o Stephen Kanitz perguntava em seu artigo essa semana quem eram os pequenos heróis de hoje, as pessoas felizes, cujos exemplos de vida serviriam de lição. Se me permitem puxar a sardinha pro meu lado, meus pequenos heróis são esses meus amigos, tão normais quanto quaisquer outros, mas potencialmente diferentes por aquilo que trazem dentro do coração. E não é pouco amor não, viu!
A galera cantou, dançou, cortou e colou pra falar de respeito mútuo, de igualdade social, de superação e auto-estima, de esperança, de Deus.

"Construir esses fragmentos de fraternidade faz despontar no coração de muitos a vontade de lutar pela unidade da família humana e de dar testemunho ao mundo de que ser iguais, sentir-se filhos de um mesmo Pai, pode ser uma realidade amanhã se plantarmos a semente hoje."

Bom, triste é ver tantos por aí sem ideais, largados à lógica do consumismo selvagem que preenche os desejos com vazio e que em nome da novidade desconstrói os valores morais. Engraçado é pagar "mico" em praça pública e sair feliz, se sentindo "por cima" por acabar fazendo um exame de consciência e chegando à conclusão de que sua vida não está sendo em vão.


P.S: Peculiaridade de hoje:

eu me vesti de "pedra" em praça pública e fiz publicidade dentro do "Bob's".

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Santo forte



Então...em menos de uma hora, quase morri duas vezes ontem. Por isso, hoje o post é dedicado ao meu santo forte! hehehe
Primeiro quase tive um infarto...meu coração bateu tão forte que eu pensei que ele estivesse saindo correndo pra ir disputar a prova de 100m rasos lá no Pan. Notícia bombástica, mas confidencial para os curiosos de plantão.
Depois, passo em frente a um clube, onde estava terminando uma festa, bem devagarzinho com o carro pra não atropelar ninguém. Chego em casa cinco minutos após e, como noticia ruim chega depressa (voando, correndo, telepaticamente), fico sabendo que um menino foi assassinado ali na porta do clube naquele intervalo de tempo de cinco minutos em que eu chegava em casa. (Inclusive, meus pêsames à família...eram nossos conhecidos).

Mas como após uma derrota, sempre sucede uma vitória, o dia hoje foi tranquilíssimo. Vi várias portas se abrirem com relação a planos tão desejados. Pois é..talvez a iniciação dê certo. Vi o carinho dos amigos chegar de forma tão inesperada e tão acolhedora. Amiguinhos, vcs mandaram bem. Valeu mesmo pelo apoio.

E pra completar, vi um professor emocionado (pra não dizer chorando) ao nos contar do esforço de conseguir pro nosso bem, junto à burocracia da Ufes, a verba para o nosso jornal.
Pow, esse merece a nossa admiração. Conquistou total a gente!

Então tá...créditos pra quem tirou essa foto maravilhosa: eu! kkkkkk

post relax hj viu...to gripada e sem oxigenio no cérebro não dá pra pensar em coisas elaboradas demais.

bjuuussss

fui amando.....

sábado, 5 de maio de 2007

Inevitável sonhar


(saudades...você me faz falta)

Inevitável nossos sonhos
Nossas vidas ideais
Não existem mais
Nos restou conviver
Aceitar somos simplesmente mortais
Com medos reais

Espero contar com a minha sorte
Ou pedir pra Deus
Com a certeza da incerteza do amanhã
Querer como se fosse a última vez

Inevitável nossas vidas
Nossos sonhos irreais
Só me confundem mais
Me restou, conviver
Sair sem saber a que horas vou voltar
Se vou voltar

segunda-feira, 23 de abril de 2007

"otimismo da vontade e pessimismo da razão"

(casamento da Janisse - com pessoas muito especiais na minha vida)

Cada dia que passa entendo mais que é preciso ter os pés bem fincados no chão da realidade e o coração e a mente bem grudadinhos no céu dos sentimentos.
Um professor citou Gramsci na aula, semana passada: "é preciso ter otimismo da vontade e pessimismo da razão". Não tenho cacife pra analisar o que ele quis dizer com isso, muito menos pra fazer grandes interpretações...Mas o debate na aula sobre um assunto extremamente polêmico, me fez pensar na importância da discussão. Não pra ficar no bla bla bla e nas ofensas...mas pra atingir um consenso, ou simplesmente para desenvolver o pensamento, poder ter as idéias mais claras e enfim saber que existem opiniões diversas, mas com fundamentos às vezes tão fortes quanto os seus. Acredito que assim, aquela coisa de unidade na diversidade se torne mais próxima e o respeito pelo outro mais fácil. E o agir com a vontade de um otimista possa não ser mais coisa de lunático. Isso te leva a ser esperança. Conhecer a realidade, aprofundar as suas questões e complexidades é de relevância indiscutível, mas isso precisa levar ao entendimento de que, no final, é preciso colocar o amor acima de todas as perversidades do mundo. Isso é urgente! Só ele pode vencer tudo. Foi o que eu disse: "se tantas pessoas, decidem rebater o mal com o mal, a violência com a violência, por que eu tenho que me privar da opinião de que posso rebater a violência com a bondade, com a compaixão?" Quem faz mais diferença no mundo? Quem mata ou quem ama? Então...estou na dinâmica de não matar quem está ao meu lado com o pessimismo da razão, mas de usar o conhecimento da realidade crua para agir com amor, com sentimento.

Soube uma coisa essa semana, que me abalou muito. Senti na pele essa tal realidade do "é a vida, beaxu...as coisas são assim.." que tira as pessoas da virtuosidade. Mas entendi que me revoltar ou me iludir não mudaria nada. E que somente uma atitude de carinho, compreensão e amor com aquela pessoa traria a reaproximação e quem sabe a ajuda. E a reflexão, a discussão, as "filosofadas" (sozinha e com outras pessoas) me ajudaram a chegar a essa conclusão.
Por isso, nada de tabus mesmo. Entender, sofrer... para crer e mudar ainda mais.


(nossa, muito livro de auto ajuda isso aqui....hehehe...mas blz..blog eh blog e escrevo o q eu quiser =P )

"Uma vida sem amor é uma vida sem sentido
Estarei feliz aonde for
se você estiver comigo.
A vida já me derrubou
a vida já me deu abrigo
a vida já me situou
que a solidão não faz sentido.
Se viver requer coragem,
então viva para ser feliz e não viva em vão."

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Águas de março?



Atrasadas estão as águas de março que resolverão cair só hoje ( e que não fecharam o verão, definitivamente).
Atrasadas estão as demonstrações de carinho e afetividade.
Atrasado está o sinal ali na esquina que não tem um tempo para os pedestres.
Atrasadas estão também as pessoas que alimentam a cultura de crianças feiticeiras na África.
Atrasada está a obra do Bob-esponja, nosso prédio de laboratórios alvo de corrupções.
Atrasada está a minha noção de ignorância. (Descobri hoje que Sócrates foi dito como o homem mais sábio da Grécia pois sabia que era o único homem que tinha consciência da sua própria ignorância "Só sei que nada sei...")
Atrasados estão os vôos ali no aeroporto pela confusão/crise que atormenta o país.
Atrasadas estão as minhas relações de amizade.
Atrasadas estão as minhas leituras de jornais.
Atrasado está o amor da sociedade pelo Meio Ambiente.
Pena que atrasado só não está o relógio aqui na minha frente que me encara e me confirma que não tenho mais tempo de ler os textos de psicologia...

fuiiiiiiiiiiiiiiiii

sábado, 7 de abril de 2007

Pense nisto. Sempre.

Parabéns Paçoca. Saudades demais!


"Quando me desespero, lembro-me de que em toda a História, a verdade e o amor sempre venceram. Houve tiranos e assassinos e, por um tempo eles parecem invencíveis, mas no final, sempre caem. Pense nisto. Sempre."
(Mahatma Gandhi)


Sexta-feira santa. Hoje foi um dia maravilhoso. Dia de vivenciar a dor e de experimentar amor. Arrepiei-me dentro da Igreja, vendo quase mil pessoas reunidas, rezarem juntas pelos judeus, pelos não-cristãos, pelos ateus, pelos governos e autoridades. Pensei no valor da cruz, não só como um símbolo, mas ato concreto. E no fim do dia, convidada por papai para uma sessão caseira de cinema, me deliciei vendo "Gandhi". Aiiii...deu uma vontade de ser um desses homens e mulheres históricos que deixam marcas gostosas de bondade e esperança na sociedade...Quem se lembra de Hitler, diante de Gandhi? Fala sério...Mas depois dessa vontade veio um consolo (eu sempre me consolando..heheh). Se não fossem os meios de comunicação, ainda escassos naquela época, o mundo, a começar pela Inglaterra, não teria entrado no rebuliço...
Pois é...depois de chegar à conclusão em uma aula, que estava caminhando ao encontro da desgraça fazendo comunicação social, hoje deu pra sentir uma ponta de orgulho por poder usar e abusar do jornalismo pra fazer "ecoar as vozes" de grandes homens e mulheres...E quem sabe...a minha própria....hehehe...tá tá...pés no chão novamente. Sem grandes reflexões hj...só coisas batidas...
Ok...recomendo o filme viu...bonzão...

"Quando juntarmos... você comigo... Cordão umbilical e umbigo
A gente vai ser só um
E até lá eu não vou caminhar mais sozinho
O distante será meu vizinho... e o tempo será...
A hora que eu quiser!! Horas!!

Tem horas que a gente se pergunta
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?"
(O tudo é uma coisa só - Fernando Anitelli)




segunda-feira, 26 de março de 2007

Ignorantes?



Escutei uma frase essa semana que sinceramente me tirou do sério. Fiquei procurando maneiras de fundamentá-la e de alguma forma tentar achar razão para o que me diziam. Mas não consegui concordar com ela até hoje. Abro então a discussão. Coloco a minha idéia e se alguém quiser, entre, e fique à vontade, para colocar a sua.
Um amigo me disse que "os otimistas são ignorantes". Os otimistas são ignorantes, os otimistas são ignorantes, os otimistas são ignorantes...não, não entra! Fiquei repetindo vezes e mais vezes, mas não consegui entender. O que se entende por otimista? Alguém que tem esperança? Alguém que vê um mundo por uma perspectiva diferente daquela que presenciamos a olho nu, de uma sociedade desigual e injusta? Alguém que vive fora da realidade e não a encara de forma racional? Alguém que acredita no ser humano?

Vejamos.

No ano de 2006, Muhammed Yunus, ganhou o Prêmio Nobel da Paz por criar a iniciativa do microcrédito e levar oportunidades sociais e econômicas para os cidadãos de Bangladesh de baixa renda. Este homem conseguiu, por meio de pequenos empréstimos, tirar milhões de pessoas em seu país da pobreza extrema. Pessimista é o que ele não é, vamo combinar! Yunus é ignorante?

Durante a segunda guerra mundial, uma "ragazza" com os seus 20 e poucos anos, começa a colocar em prática, com algumas amigas, os ensinamentos evangélicos em uma cidade devastada pelas bombas. Descobre em meio aos escombros que todos são chamados à unidade, independente de religião ou classe social. Em pouco tempo vê nascer um movimento que criou pontes de diálogo entre as religiões, uniu povos em guerra, transformou a vida de tantos que viviam no "vazio" e no ceticismo. Hoje, aos 86 anos, Chiara Lubich, com 15 reconhecimentos de Doutorado Honoris Causa, contempla diante dos seus olhos um verdadeiro povo nato daquela espiritualidade emergida em meio à guerra.
São: 141.400 membros, 2.115.000 aderentes e simpatizantes:

dos quais:
cerca de 50.000 de 350 Igrejas e comunidades eclesiais.
mais de 30.000 de várias religiões entre os quais hebreus, muçulmanos, budistas, hindus, sikhs.
mais de 70.000 os amigos de convicções não religiosas.
irradiação: vários milhões de pessoas, dificilmente calculável.


Garanto que pessimista ela nunca foi. E tenho até vergonha de insinuar perguntar se ela é ignorante.


Já um outro, depois de ser tratado como membro de uma raça inferior, iniciou sua longa luta em favor dos direitos civis de todas as raças, foi um líder nacionalista e conquistou para a Índia a independência, mediante uma revolução totalmente pacífica. Você diria que Gandhi é ignorante? Penso que pessimista muito menos.


Ok, Admito. A frase me tirou do sério porque sempre me considerei otimista. E me senti chamada de ignorante. Mas... a crise já passou. Não me considero alguém fora da realidade, sem os pés no chão e ao mesmo tempo não consigo associar o fato de ser agente de mudança em uma sociedade sem ser otimista. Ficam os exemplos para fundamentação das minhas palavras.

Arrivederci!

terça-feira, 13 de março de 2007

os últimos da mangueira


Depois do descanso merecido, chegou a hora de colocar a mente pra funcionar novamente. Hoje foi só o primeiro dia do ano dentro da Ufes e já deu aquela vontadezinha de novo de recomeçar a desenvolver os pensamentos, idéias, textos, conversas loucas mas fascinantes...

Final de semana passado tive a oportunidade de escutar uma história incrível e como acho que poucos jornais no mundo se interessariam em publicar algo do tipo, eu o faço no meu humilde blog.

Eu estava almoçando com uma pessoa que conheci há pouco tempo, mas que já me parece ser alguém muito especial. Ela morou alguns anos na Uganda (África) e um ano no Kênia. E como não dava pra faltar a minha dose de curiosidade comecei a interrogá-la...Eu imaginava que a experiência tivesse sido fantástica...mas não imaginava tanto!
Uma das coisas que ela me relatou...

Um dia, na Uganda, ela estava passando na rua e viu umas doze crianças bem pobrezinhas, algumas até com uniforme escolar...Mas todas fora da escola no horário em que todas deveriam estar dentro. Descobriu que estavam nas ruas porque não tinham dinheiro pra pagar os estudos (porque lá, escola pública não é sinônimo de escola de graça). E depois de pegar uma certa confiança com os pequenos, sentou embaixo da sombra de uma mangueira e começou a ensinar um pouco de inglês e matemática bem básicos pra eles.

O grupo de crianças foi aumentando a medida que se passavam os dias, pois elas próprias traziam os irmãos, primos, vizinhos...Algumas jovens começaram a ajudar para que o trabalho tivesse continuidade.
Certo dia, dois holandeses batem à porta de sua casa, oferecendo verba para algum trabalho social (ouviram na vizinhança que ela era uma pessoa de bem). Impuseram a condição de dar a verba aos pouquinhos e só se houvesse um projeto muito bem feito.
Ela propôs a construção de uma escola para as crianças da mangueira.

E após algum tempo, com os primeiros 5 mil dólares enviados pelos europeus construiu as primeiras 5 salas de aula.
Ela cadastrou todas as crianças em um projeto social do movimento dos Focolares que incentiva e promove adoções à distância. Uma família de boas condições finaceiras, geralmente européia, adota a distância uma criança carente em qualquer lugar do mundo e manda uma ajuda em dinheiro com certa periodicidade para o adotado. Com esse dinheiro, ela conseguiu contratar todos os professores e pagar cursos para eles, fazer uniformes e terminar a construção.

Hoje a escola atende 200 crianças, é registrada como escola particular, mas nenhuma das crianças paga um centavo. Todas sustentadas pela adoção á distância. Quer o mais interessante? Todos os pequenos tem que ser aqueles "últimos", ou seja, órfãos de pai e mãe (quase sempre mortos pelo HIV), sem condições finaceiras nenhuma e que estão sendo criados por vizinhos ou parentes.
Essa minha amiga voltou para o Brasil, mas deixou lá idéias para que a escola consiga chegar até aos cursos profissionalizantes. Dessa forma, uma criança poderia entrar no jardim de infância e sair com uma profissão!

Pois é... E ainda tem gente que diz que o mundo está perdido. Acorda beaxuuuuu! Tá perdido se você ficar parado aí!

"...o que me realiza humanamente é poder de alguma forma fazer diferença na vida das pessoas que me cercam...escolhi a comunicação social pois acredito ser um meio eficiente na transformação da sociedade devido à sua grande influência na vida das pessoas..." (eu, hoje, na aula de filosofia...hehhhe)

Se você chegou até aqui, sinta-se abraçado(a)! Obrigada pela atenção.

bjuussss
ci vediamo

*foto com a Rets! saudades branquelinha...

domingo, 4 de março de 2007

anti-telejornal




Enquanto a Flavinha escreve orgulhosa da vida que em Aspen, nos Estados Unidos, a porta da casa dela fica aberta o dia todo, que o homenzinho do correio larga do lado de fora da casa, durante todo o dia, uma caixa cheia de iPods que permanece intacta até a hora que ela chega em casa, e nos conta alegrinha que só o quanto está feliz com toda essa segurança, por aqui a gente continua vivendo a vida em meio a aventuras...
Estava caminhando na praia hoje quando de repente um bando de aproximadamente 8 meninos ,com bicicletas ( a maioria bicicletas rosas..), passa por mim e assustadoramente, todos eles se voltam para trás e me encaram...(gelei!). Um pouco mais a frente, param em um quiosque e eu que continuava a minha caminhada (geladinha) sou obrigada a passar na frente (eu estava com o meu mp3) rezando trocentas orações para que nada acontecesse. Novamente eles me encaram e me deixam passar. Minutinhos depois o bando passa correndo por mim e ao meu lado vem um deles correndo a pé, com um homem (gigante!) correndo atrás dele e gritando: "é ladrão...pára esse moleque que é ladrão.."
Pois é...não foi dessa vez que eu fui o alvo, mas como boa cidadã me dirigi aos policiais logo a frente e relatei os fatos...Até que a ação foi rápida...em menos de 5 min duas viaturas da polícia já estavam perto da minha rua onde o tal "moleque" tinha entrado. Mas acredito que ele continuou impune...

"Hoje eu vou inventar
o anti-telejornal
Pra passar só o que é belo
Pra passar só o essencial"
(Anti-telejornal - Skank)

Eu adoro ver o positivo nas coisas e segundo alguns amigos tenho esperança até demais no mundo...já outros admitem:
"e saiba que me ensina muito , me faz ser uma pessoa mais otimista , sua esperanca de um mundo melhor me fascina e me influencia a querer mudar o mundo , ou pelo menos tentar!"
bom causar esses sentimentos nas pessoas! Adoooorooooo....
positivo na história de hj? Eu já sabia, mas hj confirmei: meu anjinho da guarda anda comigo e é muuuuitoooo competente! Aja proteção divina!

bjuuss pra vcs!

Rapha e Flavia...estamos ansiosos com a volta de vcs...eu e Cris "tricotamos" até no telefone hj!

quinta-feira, 1 de março de 2007


















"O Brasil é o único país do mundo onde o ano não começa no dia 1º de janeiro e sim depois do carnaval." (Mino Carta)

Essa semaninha começou com um dominguinho tristinho, desanimadinho, pequenininho...pequenininho...
Depois de uma semana de carnaval animadíssima, muito intensa e com participações especialíssimas, a segunda-feira, de acordo com a unânimidade, voltou a ter cara de rotina.
É...o Mino tem razão...

Acho que as fotos já contam por si só um pouquinho do que foi meu carnaval, né?! Muito tudo de bom ³ conhecer e retornar a lugares quase paradisíacos do meu Estado como a Lagoa da Coca-cola, morro do moreno, cachoeira de Matilde, Parque da Fonte grande, Guarapari...ainda por cima na companhia de amigos tão especiais como a Família Assis. Dé, Dani, André, Saleti e Mari, muito obrigada por tudo! A minha casa ganhou vida, cor e alegria com vocês. Que a gente não demore tanto a repetir a dose.....afinal descobrimos que "figuras" maiores que nas nossas famílias não existe nesse mundo! kkkkkk

A amizade é mesmo uma coisa fantástica..."o amor mais puro que existe..." E cada dia mais eu tenho a confirmação no coração de que os meus amigos fazem parte de um plano muito divino na minha vida...

"Como feijão e arroz, é feita de grão em grão a nossa felicidade."

Ah, parabéns "montinho" pela conquista! O primeiro emprego a gente nunca esquece! Tô muito feliz por vc!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Post de abertura


Post de abertura...admitindo a falta de inspiração hoje (e sempre...) mas se não postar isso agora me dou por fracassada com esse blog.
Antes que perguntem "que foto é essa Cibele?" seguem as explicações:
Tive a grande oportunidade de realizar com mais 6 amigas um mochilão por algumas cidades da Europa nestas férias (as empresas de avião resolveram colaborar com a nossa situação econômica e colocaram passagens na praça por apenas 10 euros...não dava pra perder a oportu, né?!)
Muito, muito, muito válido conhecer um pedaço do dito "centro cultural" do mundo. A riqueza histórica e cultural da Europa é realmente de se "babar". Louvre, museu Picasso, Vaticano, ruínas do Fórum romano, museu Accademia, Museu de história natural de Londres....dentre tantos. Um privilégio de poucos estar nesses lugares, admito. Tá vai...de pouquíssimos.
E foi bacana perceber nessa viagem que, exercendo a minha futura profissão, quem sabe ao menos com palavras, eu não consiga ampliar o acesso à cultura no nosso país...Audácia à qual me lanço com toda certeza...podem me cobrar!
Massss, esse privilégio que por um lado me deixa triste, claro, por pensar que grande parte da população do nosso país não pode sequer viajar dentro do próprio Estado, me fez pensar e dar valor também a cultura popular...E a satisfação aumentou ao ver um ginásio lotadoooo em plena quarta-feira de verão na minha pequena cidade pra assistir um show magnífico da Marisa Monte (pra mim, top da música popular brasileira).
É, de vez em quando a galera sabe escolher coisas boas....ao contrário do que a minha queridíssima amiga Cherry está fazendo agora, quando me deixou para assistir Big Brother!
Ok...eu vou procurar respeitar as opiniões...
Abraços pra vcs, especialmente para a amiguinha aniversariante de hoje que me deixou feliz ao se emocionar coma "encomenda" que entreguei em suas mãos: Cris! Tudoooooo de bom! Qualquer dia vc vai ter um post td seu...hehehe